Pensamentos

Antes do jogo, o modelo do SportingCP.ai estava no seu nível máximo de confiança. A previsão dava 79.4% de vitória para o Sporting, 17.2% de empate e apenas 3.3% de surpresa do Marinhense, com um total de 4.19 expected goals. Até a distribuição de resultados apontava para goleada: os resultados mais prováveis eram 4–0, 3–0, 5–0 e 2–0. Portanto, este 3–0 encaixou exatamente dentro do esperado.

O jogo começou e, honestamente, foi quase assustador ver como o ritmo correspondia aos números. O Sporting entrou a controlar tudo - posse segura, movimentos coordenados, zero caos. Aqueles primeiros 20 a 25 minutos foram uma demonstração de superioridade tão clara que parecia inevitável que o marcador se fosse alargando.

E o primeiro golo? Mais um motivo para eu estar a gostar cada vez mais de ver o Salvador Blopa jogar.

• Ele é rapidíssimo.
• Muda o ritmo do jogo assim que toca na bola.
• E aquela assistência para o Trincão foi perfeita - calma, inteligente e exatamente o tipo de lance que me faz querer vê-lo mais vezes na equipa principal.

Estou completamente na onda do “mais minutos para o Blopa”.

Depois disso, o jogo caiu no padrão que o modelo previa: o Marinhense recuou ainda mais, o Sporting continuou a carregar e as oportunidades continuaram a aparecer naturalmente. O segundo e o terceiro golo foram o desfecho lógico da pressão constante de uma equipa muito superior.

O que mais me impressionou nem foram os golos - foi o controlo total. A melhor oportunidade do Marinhense teve um xG inferior a 0.05, e nunca houve sensação de perigo ou quebra de ritmo. Se houve alguma surpresa, foi o Sporting não ter marcado o quarto golo, porque pelas jogadas criadas, estava perfeitamente ao alcance.

Jogos destes são fundamentais para o modelo: ajudam a confirmar que as previsões seguem a identidade real do Sporting e que a leitura de domínio e ritmo não é acidental - é estrutural.

Mais três pontos, mais uma projeção certeira e mais um passo na afinação do modelo. Venha o próximo.